"legalismo é atitude que consiste em considerar apenas as exigências do direito positivo, sem levar em conta o direito natural."
O direito positivo é o regido pelas leis ou regras de uma determinada sociedade/país; direito natural é o baseado na moral e nos bons costumes que são nos ensinado na infância. É o baseado entre o que é razoável e o que não é diante da moral, moral essa que é em quase sua totalidade baseada em princípios cristãos.
Hoje diante da decisão do STF a respeito do aborto, eu vi muitos se manifestarem contra tal decisão, o que eu esperava. Porém o que eu não esperava era ver nas redes sociais tantos cristãos legalistas, me entendem? São tantos cristãos usando o argumento da laicidade do Estado que me assustou muito. Sim, o Estado é laico mas não é por isso que devo me calar. Não é porque a Igreja não pode interferir no Estado que eu devo me acovardar e dizer: "Está tudo bem, afinal o Estado é laico."
Não digo que conseguiremos parar certas leis porque o mundo indo de mal a pior é sinal da vinda de Cristo, mas calar diante de tais absurdos é se acovardar.
Irmão em Cristo, eu te peço não se acovarde. Não se cale por medo do que vão falar ou pensar de você. Não seja um cristão legalista. Não deixe que o relativismo moral tome conta de seus princípios e te cegue espiritualmente. Não se cale!
Hoje eu orei para que a minha geração não se cale. Orei para que tenhamos sabedoria em discordar de opiniões contrárias com AMOR.
"Porquanto, Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." 2
Timóteo: 1.7
Orei para que tenhamos o espírito de poder, de amor e de equilíbrio que Paulo disse a Timóteo que Deus nos deu. Orei para que não sejamos covarde e que nossas vozes soe como o atalaia que Ezequiel profetizou. Que gritemos aos quatro cantos dessa nação que pecado ainda é pecado e que a Bíblia é que rege nossos princípios, valores e moral.
Por Lorena Mendonça
Muito bom, Lorena. Existem dois conceitos de laicidade, um é cristão e protestante, baseado na teoria kyperiana das esferas, o outro é secularista-ateísta baseada no mito da neutralidade. Os secundaristas defendem que um Estado laico é um Estado sem influência de convicções que possuam uma base religiosa. Se adotarmos essa visão, estaríamos perdidos, pois leis contra homicídio, furto,etc. sāo baseados na Bíblia, nos dez mandamentos (Não matarás, não ficarás, etc.), além disso, não existe posicionamento moral que não seja religioso, primeiro porque os valores morais de uma sociedade são construídos pelos valores religiosos do povo e, segundo porque mesmo o ateísmo é um posicionamento religioso, pois o ateísmo é uma "crença", uma ato de fé. Nós, cristãos, devemos rejeitar a noção secularista-ateísta de Estado laico. Nós defendemos outro conceito de laicidade. Abraham Kyper falava que o Estado e a Igreja deveriam existir como duas esferas distintas. Durante boa parte da História, o Estado governou a Igreja, convocando concílios, nomeando bispos, etc. Em outras épocas ocorreu o contrário, papas deporam reis e assim a Igreja interferia no Estado. Diferente disso, defendemos que Estado e Igreja são duas esferas distintas, que podem até se influenciar mutuamente, mas que devem permanecer independentes em seu campo de atuação. Não cabe, por exemplo, à Igreja punir civilmente um criminoso, antes deve ela acolhê-lo, por outro lado, não cabe ao Estado acolher com amor um criminoso, antes seu dever é puní-lo (Romanos 13.1-4). Percebe o perigo de que os papéis se confundam? Mas laicidade, nesse sentido, não exclui que os cristãos defendam, no campo político, os valores morais da Bíblia. Porque o Estado, embora não esteja sob a autoridade da Igreja, está debaixo da autoridade de Deus, e os valores morais da Bíblia não são valores "privados", mas sim padrões morais universais. Não é só ao crente que Deus proíbe o homicídio, é ao homem, especialmente o transgressor (1Timóteo1.9-10). E se o Estado deve proibir o homicídio, deve proibir também o aborto, pois aborto é homicídio.
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