quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Como humana que sou



Não quero sentir, mas como humana que sou sinto. 
Não quero pensar em algo que me mancha, mas sendo humana penso. 
Quero algo que não me é licito ter, mas como humana que sou continuo querendo. 
Magoada fico e meu coração insiste em ficar, sem perdão liberar. 
Quando quero o bem praticar, pratico o mal, como humana que sou. 
Caio em dores, sou impura, sofro pelos meus pecados. 
De repente, uma luz se aproxima de mim e como humana que sou, estranho algo tão lindo vindo até mim. 
Essa luz é bela, e aonde ela vem passando há pureza. 
Como humana que sou, choro, não acredito na luz. 
Como humana que sou não vejo motivos pra alguém querer me dar luz tão bela. 
Vejo a luz se aproximando e... Espere! 
A luz está tomando forma, é Um Homem. 
Na minha humanidade, não vejo motivos para que Ele chegue até mim. 
Tão belo, tão meigo, tão puro. 
Mas Ele vem e estende suas mãos. 
- Ei, eu digo, - suas mãos estão furadas! 
- Sim, Ele me responde em voz suave, - são por você as marcas. 
- Por mim? - Porque por mim? 
- Por você! Como humana frágil e pecadora que és! Me entregue seus pensamentos, suas dores, suas manchas, suas mágoas, seus pecados. 
E mesmo desanimada, sem forças, eu entreguei. Não queria aquilo pra mim! 
- Pronto! Você está livre do fardo. Não chores só se entregue a mim como humana que és. 
- Mas o que pode ser tão forte assim pra me livrar disso tudo que me aprisiona aqui assim tão rápido? 
- O Amor! O meu Amor! 
- Você me ama? 
- Sim, com um amor tão profundo que não dá pra você imaginar. Eu te amo com Amor Eterno desde o início dos séculos. 
Dou as mãos a Ele. 
E como humana que sou já não choro, acredito Nele, me sinto leve. 
O motivo? O motivo é simples e, ao mesmo tempo, poderoso. 
Como humana que sou Ele me ama! 
Ele me ama, como humana que sou.

Por Lorena Mendonça

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