Aquelas Mãos...

"O meu hobby é ler." 

Quando digo isso a reação de quase todas as pessoas é a mesma, me chamam de maluca, falam que ler não é hobby, etc.

A verdade é que eu amo ler... Ler é um antídoto pra mim. Quando leio eu viajo na história, me coloco no lugar dos personagens, me desligo do mundo e entro no livro. Entre os meus preferidos estão doutrinas jurídicas (acredite!!), C. S. Lewis, Joshua Harris, Eric & Leslie Ludy, Max Lucado, Jaime Kemp , Gary Chapman, e, vários outros.

 Hoje, gostaria de compartilhar com vocês um trecho de um livro  escrito pela minha escritora favorita Robin Jones Gunn. Robin é autora de várias séries de sucesso no mundo e no momento estou lendo uma dessas séries, Série Selena. Quero compartilhar um trecho do 10º livro da série que é “Vá em frente, Selena”. Espero que gostem!!

"Dezenas e dezenas de pessoas, todas parecendo muito alegres, passavam por Selena, que permanecia parada no lugar. Teve uma sensação de tristeza, como a que sentira, certa vez, quando estava com seis anos. A família toda fora assistir a um concerto à noite. Em dado momento, ela se vira perdida, no meio da multidão. Os pais já haviam lhe ensinado que, se um dia ela se perdesse, deveria ficar parada no lugar, esperando. Alguém viria buscá-la. Desta vez, porém, ninguém viria procurá-la.Na outra ocasião, no concerto, ela ficara sozinha apenas alguns minutos. Seu pai logo aparecera, com o semblante preocupado, à sua procura, e imediatamente pegara na mão dela com firmeza. Recordava com nitidez as sensações que experimentara naquele momento. Primeiro, fora o pavor que a dominara, por se ver perdida e sozinha. Em seguida, assim que o pai segurou sua mão, o medo se evaporou e ela se viu envolta por um enorme sentimento de conforto e segurança. No instante em que sentiu a mão do pai pegando a sua, ela se agarrou a ele firmemente. Nunca mais queria passar por aquilo, por aquele temor e aquela impressão de estar sozinha!No entanto, ali estava ela, com dezessete anos, fazendo um passeio que quisera fazer, com os amigos em cuja companhia desejava estar, mas tomada pelo medo. Estava dominada por uma forte sensação de isolamento. Era como se tivesse voltado a ter seis anos de idade. Só que, desta vez, ninguém viria pegá-la pela mão. Seu pai se encontrava a mais de mil e quinhentos quilômetros de distância.Foi então que um pensamento lhe ocorreu. Era um desses pensamentos que começam no coração e depois passam ao espírito, aquecendo-o maravilhosamente. O Pai celeste não se achava a mais de mil e quinhentos quilômetros de distância. Estava bem ali, ao seu lado. Aliás, ele sempre estava, pois prometera que sempre estaria.Ao compreender isso, sentiu enorme paz. O pavor e o medo gelados se dissiparam. Teve a sensação de que Jesus, quase que imperceptivelmente, estendera sua mão ferida pelos cravos e pegara a sua. Agora, o que ela tinha a fazer era agarrar-se a ela firmemente."

Quantas e quantas vezes nos sentimos como Selena, cercados por várias pessoas porém, sozinhos. Vem o desespero e a sensação de desamparo e tomam conta do nosso coração. 

Nessas horas devemos nos lembrar de que Ele, o Homem das Mãos Furadas, já estendeu sua mão e, nós devemos só segurá-la.
Apenas isso.
Segurar Naquela mão firmemente e não soltá-la mais!!

“Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas eu te ajudo.” Isaías 41.13