Nasci meu pai já era pastor. Meu pai sempre foi um Homem de Deus. Sempre foi um pai antes de ser meu pastor. E, sim, me sinto escolhida, pois acredito que quando Deus escolhe um homem, Ele escolhe a família Dele também.
Desde pequena meu pai foi um pai excelente, amoroso, cuidadoso e zeloso comigo e com minha irmã. Sempre me ensinou a buscar mais de Deus sem me forçar a isso, sempre me ensinou com amor que eu deveria seguir meus próprios passos espirituais e ministeriais sem estar agarrada ao que ele era.
Aceitei a Jesus com 12 anos em culto infantil e me batizei com 14 anos, sem que meu pai me obrigasse a isso. Eu canto na igreja, eu dou aula pra uma classe de adolescentes sem a interferência ou influência do meu pai, fui regente do coral de jovens por quatro anos e parei quando quis. Ele nunca me obrigou ou impôs cargos na igreja pra mim, se faço o que faço é porque Deus tem me capacitado e me colocado nisso.
Tem horas que fico pensando o que leva as pessoas a me julgarem por eu ser filha do pastor. Dizem que me acho superior por sê-lo, mas se prestarem atenção são elas mesmas que me colocam acima delas. Sempre me cobram um exemplo maior, atitudes corretas e, com isso, tem-se a ideia de que sou maior, ou melhor, ou devo ser.
NUNCA fui e nem serei melhor que ninguém. “O que é difícil pra mim é receber uma maior cobrança, por ser “A Filha Do Pastor”, pois acham que devo ser “perfeita” e se esquecem de que sou uma pessoa normal como qualquer outra pessoa, e por ser pecadora também estou sujeita a errar. Senti isto quando era criança, adolescente e hoje.
Mas sabe de uma coisa, “por mais que eu tenha sofrido com algumas coisas, estas não se comparam às grandes coisas boas e ao privilégio de ser filha de pastor. O meu pai é um homem de caráter, que valoriza a família, que pensa sempre no futuro e é um homem de discernimento espiritual grande em quem confio de olhos fechados.
Graças a Deus, estou aprendendo a lidar com isto e também buscando uma vida mais correta diante de Deus. Eu só queria que as pessoas mudassem suas atitudes parassem de me julgar e me vissem como humana e, não um “ET”!
Nem todo filho de pastor se acha o maioral, nem todo filho de pastor é cristão por causa do pai. Sim, sou filha de pastor, mas antes sou filha do Bom Pastor como VOCÊ!
Por Lorena Mendonça